Durante a pandemia, os oxímetros se popularizaram, sendo usados em casa por muitas famílias, mas não é o critério principal para avaliar os quadros respiratórios. Devem ser usados de forma complementar. Interpretações errôneas podem causar tensão/estresse desnecessários! Observar sempre o estado geral da criança, além de dois sinais que são primordiais: aumento da FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (chamado de taquipneia) e o ESFORÇO RESPIRATÓRIO.
Como o oxímetro mede a saturação de Oxigênio no sangue?
O oxímetro emite duas fontes de luz, uma luz vermelha e uma luz infravermelha. Essas luzes são emitidas através do local onde o dispositivo é colocado. normalmente o dedo.
Absorção da luz: as moléculas da hemoglobina no sangue tem a capacidade de absorver diferentes comprimentos de onda de luz, dependendo de sua saturação de oxigênio.
Após passar pelo tecido, a luz transmitida é detectada pelo oxímetro. Ele mede a quantidade de luz vermelha e infravermelha que consegue atravessar o tecido.
Na prática, seria como jogar a luz de uma lanterna através de uma folha de papel e captar o quanto dessa luz chega ao outro lado.
A precisão do nível de oxigênio medida pelo oxímetro é de 2% acima ou 2% abaixo (ex, se no oxímetro aparecer 93% pode estar na verdade, entre 91 e 95%)
São vários fatores que interferem na leitura do oxímetro, entre eles o mal posicionamento dos dedos no sensor (muito frequente nas crianças pequenas), movimentação do paciente, mãos frias, esmaltes e unhas postiças, excesso de luz no ambiente, anemia grave e pilha ou bateria grave.
Por outro lado, lembrar também que oximetria normal não afasta doença pulmonar, e nas crises de asma, a saturação de oxigênio pode demorar para abaixar ou até não cair.
A medida do oxímetro é um dos critérios, mas não o principal para avaliar a dificuldade para respirar!